Semana do Meio Ambiente 2021

Essa semana comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente e nós, do Projeto Boto-Cinza, preparamos uma série de atividades para lembrar a importância desta data e também para divulgar as nossas ações, que não acontecem apenas em um dia específico e sim ao longo de todo o ano.

Mas afinal, o que significa o Dia Mundial do Meio Ambiente?  Por que essa data foi criada e qual a importância de divulgarmos esse dia, não apenas nas escolas e sim para todos? 

Bem, a data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 05 de junho de 1972, na conferência de Estocolmo. A ideia naquele momento, era enfatizar a importância do Meio Ambiente para toda a sociedade e principalmente lembrar a todos que os recursos naturais não são infinitos, como muitos achavam na época e que o uso desordenado levaria a perdas irreparáveis, incluindo consequências para a saúde e bem-estar das pessoas também.  Hoje, infelizmente, apesar do conhecimento que dispomos, muito ainda precisa ser feito para que meio ambiente, em seus aspectos naturais e sociais, possam ter uma relação mais sustentável.  Por isso a importância de continuarmos divulgando e discutindo sobre essa temática, pois os problemas derivados do desequilíbrio ambiental é uma consequência real para toda as formas de vida no planeta.

Nesse sentido, o Projeto Boto-Cinza sempre promove diversas atividades relacionadas à educação, conscientização ambiental e valorização da cultura local, buscando não apenas uma sensibilização, mas uma mudança de atitude, fruto de uma reflexão sobre a valorização do meio que nos cerca e também sobre os problemas derivados das relações sociais.  

Entre essas atividades, temos  o uso do Instagram do projeto (@projetobotocinza) e na página do IPeC (@ipecpesquisas) sempre há postagens com conteúdo informativo.  Também existe o nosso programa de rádio “Papo de Boto” onde você pode acompanhar conversas relevantes para a comunidade com pesquisadores de diversas áreas e moradores locais, que têm muito conhecimento para oferecer. O Programa além de ser transmitido na rádio comunitária (TransMar FM 87,9 MHz) também está disponível nas diferentes plataformas, como Deezer, Spotify e Apple Podcasts.

E nós que fazemos parte do Programa Jovem Pesquisador, temos uma participação direta nessas atividades, com posts nas redes sociais, encontros para conhecer a vida do boto-cinza e também discutir sobre outros assuntos relacionados ao meio ambiente.  Com isso, começamos a perceber que não se trata apenas de jogar lixo no lixou ou fazer reciclagem, é preciso discutir sobre outros assuntos, que incluem entender o quê leva a produção de lixo e não apenas pensar no descarte.  E são reflexões como essas que levam à uma mudança real de atitudes e comportamentos, pois envolve muito mais do que apenas pensar nas soluções, estamos buscando refletir sobre mudanças necessárias na sociedade para que possamos ter um futuro melhor e isso deve envolver muitas pessoas coletivamente.

O Projeto Boto-Cinza é executado pelo @ipecpesquisas e conta com patrocínio da @petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental. Siga o nosso perfil e as redes sociais do IPeC para acompanhar as nossas atividades!

Texto escrito por:

 

Comunica Rede

Conheçam a newsletter Comunica Rede. A publicação trimestral traz novidades e notícias sobre a Rede de Monitoramento do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar, além de muita informação sobre Conservação e Mata Atlântica.

O “Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar de Monitoramento e Conservação” é uma iniciativa idealizada por pesquisadores do Instituto Manacá e do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), que tem como objetivo implementar o monitoramento de grandes mamíferos em larga escala, promovendo uma agenda territorial integrada nas ações de proteção e manejo dessas espécies, assim como sensibilizar a sociedade civil da importância da Grande Reserva Mata Atlântica, maior remanescente contínuo de Floresta Atlântica preservada do país, na conservação da vida selvagem.

Venha conhecer essa iniciativa inédita e com grandes parcerias.

Boa leitura!

 

Vencedores do concurso do Dia da Biodiversidade

Em comemoração ao Dia Mundial da Biodiversidade realizamos um concurso de desenho e redação com os alunos do 5º ano das escolas públicas de Cananéia que participam do Programa de Educação Ambiental do Projeto Boto-Cinza. Ao todo, recebemos a participação de 64 alunos. Os desenhos e textos selecionados foram aqueles que melhor representaram a biodiversidade da nossa região.

Abaixo apresentamos as redações dos ganhadores e a entrega dos prêmios:

 

1ª: Amanda Portela – Escola MEF Alziro Bastos dos Santos

 

O MANGUEZAL

O manguezal tem muitas belezas,

tem árvore e animal.

A mais bela natureza,

que tem no fundo do quintal.

 

Tem guará vermelho,

tem o boto cinza.

O rio parece um espelho,

tudo tem muita vida.

 

Tem papagaio da cara roxa,

tem também o jacaré.

Tem árvore com flor roxa,

E o caiçara pulando num só pé.

 

Tem carangueijo da casca azul,

e também da casca amarela.

Aqui no litoral sul,

tudo vira uma aquarela.

 

2ª: Gabriela Ferreira – Escola MEF Alziro Bastos dos Santos

 

BIODIVERSIDADE NO MANGUEZAL

O manguezal é rico

na sua biodiversidade.

Abriga animais e plantas

em grande variedade.

 

O mangue é um berçário marinho

tem peixes, moluscos e crustáceos.

E também passarinhos

que no tronco das árvores fazem seus ninhos.

Na mistura da água doce com a salgada

forma-se um ambiente alagado.

O solo é cheio de logo, salobro

e pouco oxigenado.

 

A fauna do mangue é representada

por garças, urubus e camarões.

Também tem gaivotas,

Jacaré e muitos gaviões.

 

Existem três tipos de mangues

cada um tem uma função.

Uns ajudam a receber oxigênio do ar

outros usam suas raízes para melhorar a sustentação.

 

Lugar lamacento e mal cheiroso

aqui muitas vidas são geradas.

Nascem, crescem e reproduzem

E muitas famílias são, devido a eles, alimentadas.

 

3ª: Ravi Pontes – Escola Marujá

A BIODIVERSIDADE EM CANANÉIA

                     Nós precisamos preservar a biodiversidade em Cananéia.  Para os peixes, as aves, os carangueijos e as ostras não morrerem.  Tenho prazer em um lugar bonito, que tem uma enorme biodiversidade e nós dependemos dela para viver.

           Temos costão rochoso, praia e oceano.  A nossa comunidade, que é o Marujá, fica para o lado do rio.  Nós cuidamos do rio, porque ele é fonte da nossa alimentação.  Também usamos o rio para chegarmos em vários lugares, até em Cananéia.

           Temos que cuidar do rio, do mangue, da praia, das matas, para que as futuras gerações possam viver e continuar cuidando de toda essa biodiversidade.  Porque se a biodiversidade estiver desequilibrada, algumas espécies podem entrar em extinção.

Agradecemos a participação de todos e em especial as professoras das escolas participantes que foram fundamentais em todo o concurso! 

 

O Projeto Boto-Cinza é executado pelo @ipecpesquisas e conta com patrocínio da @petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental. Siga o nosso perfil e as redes sociais do IPeC para acompanhar as nossas atividades!

 

 

 
 
 

Guia Ilustrado de Mamífero Marinhos do Brasil – 2ª edição revisada

PESQUISADORES DO PROJETO BOTO-CINZA LANÇAM GUIA COM 59 ESPÉCIES DE MAMÍFEROS AQUÁTICOS

Nesta sexta-feira, no dia Mundial do Livro, o Projeto Boto-Cinza lança uma edição revisada do Guia Ilustrado de Mamíferos Marinhos do Brasil. São 59 espécies de mamíferos aquáticos, como baleias, golfinhos, toninhas, além de elefantes e leões-marinhos, peixe-boi, focas e lontra ilustradas nessa edição. Apesar do foco principal em animais marinhos, o guia ainda inclui os exemplares de ocorrência em água doce, como o boto-vermelho, o peixe-boi-da-Amazônia e a ariranha.

           A ideia é que este livro facilite na identificação dos animais dentro de suas classificações científicas, com método de taxonomia. Os pesquisadores do Projeto Boto-Cinza, realizado pelo Instituto de Pesquisas Cananéia com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, acreditam que a arte gráfica e as ilustrações podem ser aliados para facilitar a identificação dos animais. Além disso, as descrições trazem um rápido comparativo das principais confusões que podem acontecer entre diferentes espécies ao se identificar  animais vivos ou mortos, o que é uma inovação considerando os materiais já publicados sobre o tema.

Segundo Caio Louzada, um dos autores, o Guia Ilustrado de Mamíferos Marinhos no Brasil tem informações práticas para o rápido reconhecimento das espécies: “O fato de destacarmos as principais características identificadoras quando vivo ou morto, facilita na identificação do animal. Por exemplo, quando um golfinho é encontrado morto na praia, muitas vezes suas características externas não estão mais evidentes como quando estão vivos e para isso outras características são cruciais para a identificação. O cachalote-anão e o cacholete-pigmeu, por exemplo, são dois golfinhos que podem ser facilmente confundidos quando vivos, mas se encontrados mortos, o fato de terem diferente número de dentes pode eliminar a dúvida na identificação. Toda essa informação está em nosso guia”.

           O livro está disponível em dois formatos: um livro de capa dura, com tamanho maior, e uma segunda versão, menor, impressa em papel sintético produzido com plástico reciclável. O livro menor  é mais fácil para aqueles usuários que precisam carregá-lo em uma mochila de campo, e o papel sintético permite que ele seja utilizado nas condições adversas de campo, pois é totalmente à prova d’água, podendo ser molhado. A cópia física do livro pode ser solicitada por pesquisadores e profissionais que atuam na área e necessitem do material preenchendo o formulário no site: https://ipecpesquisas.org.br/guia. As solicitações serão avaliadas e o envio será feito pelo Projeto Boto-cinza, sem custo ao solicitante.

Uma versão eletrônica do guia está disponível para download gratuitamente no site da instituição. Link para download da versão digital: https://ipecpesquisas.org.br/sdm_downloads/guia-ilustrado/

 

 
 
 

Dia Internacional da Mulher

No dia 08 de março, para além de comemorarmos o Dia Internacional da Mulher, precisamos refletir sobre o seu papel em nossa sociedade, para entendermos a importância dessa data. Pois, apesar das lutas e conquistas que aconteceram ao longo da história, todas as mulheres ainda enfrentam desafios coletivos e individuais para alcançar seus direitos, autonomia, segurança e respeito. É assustador o número de mulheres que ainda se sentem coagidas por seus companheiros, desrespeitas em seus locais de trabalho ou ainda exploradas por suas famílias.

É evidente que muito ainda precisa ser feito para que, de fato, essa seja uma data de celebração plena. As mulheres ainda não ocuparam uma situação de igualdade social com os homens e os espaços para refletirmos sobre esses contextos ainda são necessários e importantes. Lembrando que a nossa sociedade é marcada por muitas divisões sociais, que influenciam os direitos das mulheres, como por exemplo:  educação, classe social e cor da pele. Então, não se trata apenas de definir direitos e deveres para as mulheres como um todo, é preciso ter um olhar crítico sobre os contextos em que essas mulheres se encontram, pois, as necessidades são diferentes e o acesso às informações, ajuda e apoio, também diferem.

Historicamente, as mulheres ocupam um lugar de cuidar em nossa sociedade e muitas vezes elas são colocadas em situações de risco, pois cabe a mulher essa responsabilidade.  Por exemplo, nessa pandemia de COVID-19, foi possível verificar que toda a responsabilidade e demanda feminina tornaram-se ainda mais intensificadas, quando foi necessário agrupar as responsabilidades de trabalho, casa, família e em muitos casos, a educação dos filhos.  Além do aumento na jornada de trabalho, para muitas mulheres esse padrão de cuidado ainda vem acompanhado pelo aumento da violência doméstica, sendo “aceito” como natural.

Mas, mudanças estão sendo observadas e conquistadas.  Espaços que, até pouco tempo atrás, podiam ser exclusivamente masculinos hoje são ocupados com excelência pelas mulheres. E trago boas novas a todos: esse é um caminho sem volta. E digo a todos, pois isso também é importante para todos os homens, uma vez que não há enriquecimento tão grande quanto à maior diversidade nos espaços de trabalho, na vida social e familiar.

Neste dia tão importante, nosso Papo de Boto – podcast do Projeto Boto-Cinza – traz uma homenagem às mulheres que, como tantas outras, ocupam espaços que historicamente são masculinos, levando a eles além da sabedoria, a sensibilidade feminina.

Por isso, convidamos mulheres tão importantes da nossa região para esse programa, como uma integrante do Grupo de Mulheres da Enseada da Baleia, para nos contar sobre a gestão feminina comunitária que elas realizam das atividades econômicas da comunidade, em especial a pesca e o artesanato; além de uma das mulheres do grupo de produtoras de cataia da Barra do Ararapira-PR, divisa com nosso estado de São Paulo, nos contando sobre o pioneiro trabalho realizado por elas de produção de uma das bebidas mais simbólicas da região do Lagamar.

Além disso, contamos com o relato de uma jornalista esportiva que fala dos desafios de ser uma das primeiras mulheres a cobrir o futebol no país, e também temos o depoimento de uma das pesquisadoras mais renomadas, experientes e pioneiras no país dos estudos de baleias e golfinhos.

Mulheres inspiradoras para todos nós do Projeto Boto-Cinza, um projeto realizado em sua maioria pelas mãos de mulheres, que estão ocupando espaços de trabalho e respeito, buscando trazer diferentes olhares, experiências e sensibilidade para nossas ações.  Estamos todas juntas avançando cada vez mais em busca de maiores oportunidades e igualdade para tornar nossa sociedade mais justa.

Nosso Papo de Boto está disponível em todas as plataformas de áudio e também aqui no nosso site.

O Projeto Boto-Cinza é uma iniciativa do IPeC e conta com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental